quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Rua Teodoro Sampaio, sábado


Sempre que possível, pegava meu sábado e o investia em um passeio pelas lojas de instrumentos na rua Teodoro Sampaio. O roteiro era o seguinte:

Começava na praça Benedito Calixto. Uma feira de antiguidades com quase tudo o que você pode imaginar. LPs de colecionador, do tipo White Álbum, dos Beatles, que nunca foi tocado, compactos de música brasileira, coleção completa do Roberto Carlos e do Kiss. Livros, enfeites, louças, armários...

Subindo, bem devagar, você encontra várias lojas, pequenas, médias e grandes, com uma quantidade e variedade de instrumentos musicais de impressionar. Desde um baixo Tonante de R$200,00 até um Spector ou um Rickenbacker 4001 de R$10.000, você vê de tudo. Na loja Krocodille, a quantidade de instrumentos refinados, usados é incrível. E o pessoal lá conhece muito bem da mercadoria. Se não me engano, no terceiro andar da loja, tem uma parede de baixos e guitarras. Pegue um intrumento de seus sonhos e peça para tocar. Outras lojas interessantes: Hendrix, PlayTech, Made in Brazil, Planet Rock, Tango, etc. As marcas mais presentes são (e não poderia deixar de ser) Fender, Yamaha, Warwick, Musicman, Condor, Cort. Tem também um pessoal de eletrônica e alguns luthiers que consertam qualquer instrumento, pedal, amplificador.

Tem uma pequena galeria, um pouco acima da Cristiano Viana onde você encontrará a loja Bass Center que é o paraíso dos baixistas. Outro dia, a vitrine inteira estava recheada de baixos Musicman. Lá dentro, todas as marcas bacanas que você sempre sonhou. Na mesma galeria, há um aloja de CDs com títulos que não são nada fáceis de encontrar, e preços razoáveis.

Na rua Cristiano Viana, perpendicular à Teodoro, tem duas ou três lojas de instrumentos usados, que são um espetáculo. Em uma delas, outro dia toquei um Fender Precision 1980 que me fez repensar que tipo de instrumento eu chamaria de definitivo. Mais à frente, na Cristiano esquina com Artur Azevedo, tem o Viana, um boteco com excelente culinária. Esta é a primeira parada, para almoço.

Voltando à Teodoro, você encontra algumas escolas de música também. Um pouco acima, tem o estúdio Produssom. Alugue uma sala por 2 horas para sua banda enaiar.

Lá pelas 16h, o melhor é se acomodar à frente da loja Matic. Na porta da loja, reunen-se dezenas de pessoas para ouvir uma música de alta qualidade, fruto da reunião de músicos convidados. Em geral, são pocket shows, tocando-se um bom jazz. Cada solo de baixo e cada groove que joga seu astral para muito alto. O ambiente é super descontraído, com pessoas apressadas passando pelo passeio sem entender o que acontece, crianças com os pais curiosas como os instrumentos, várias câmeras gravando o vídeo (é só checar no youtube). Passando carro, ônibus e até ambulância na rua, o show continua sem se intimidar.


Depois, para acabar, suba mais um pouco, após a rua Oscar Freire, e entre no restaurante Caverna do Bugre. Peça um filé alpino.

Depois disso, é melhor ir para casa mesmo, pois o dia foi cheio.

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